terça-feira, 14 de setembro de 2010

Relatório da McAfee aponta aumento de número de ameaças em vídeos e músicas on-line


A McAfee, Inc. (NYSE:MFE), registra aumento no volume de ameaças virtuais associadas a músicas e vídeos on-line. Pesquisadores da McAfee descobriram que adicionar a palavra “grátis” às pesquisas aumenta o risco de acessar um site mal-intencionado. O estudo, intitulado “Músicas & Filmes Digitais — Relatório da McAfee sobre Entretenimento versus Riscos On-line: o custo real do entretenimento gratuito”, mostra ainda que os cibercriminosos ocultam conteúdo mal-intencionado em sites relacionados a músicas e vídeos e, até mesmo, em sites de fã-clubes.

De acordo com a comScore, mais de 177 milhões de usuários de Internet nos EUA assistiram a vídeos on-line em junho. Há um ano, esse número era de 157 milhões. O volume de downloads de conteúdo digital aumentou, assim como os riscos associados a esse volume. Essa popularidade desperta o interesse dos cibercriminosos, que passam a incluir esses sites como alvos para o envio de conteúdo mal-intencionado, por meio de ferramentas de exibição de vídeos e anúncios.

Entre a análise, os pesquisadores identificaram ameaças específicas, inclusive via software, MP3 e vídeo em streaming gratuitos, páginas de fãs e anúncios mal-intencionados que aparecem mesmo em sites com boa reputação. A pesquisa mostra que adicionar a palavra “grátis” às pesquisas de toques musicais para celular aumenta em 300% o risco dos sites exibidos pelos principais mecanismos de pesquisa em inglês. Em outros idiomas, a palavra “grátis” traz resultados semelhantes.

Já pesquisar a palavra “MP3” traz risco aos resultados de pesquisa. No entanto, pesquisar “MP3 grátis” torna os resultados de pesquisa ainda mais arriscados. Mesmo que o consumidor especifique que deseja pagar pelo conteúdo em MP3, os resultados ainda levam a conteúdo ilegal.

A McAfee também descobriu milhares de URLs mal-intencionadas e extremamente suspeitas associadas a fã-clubes ou comentários feitos em sites de mídia social, como YouTube e Twitter. O anúncio mal-intencionado, ou malvertising – anúncio utilizado para distribuir malware ou explorar o navegador do usuário –, é um dos meios comuns de infecção. Por exemplo, em junho a McAfee identificou malvertising em “perezhilton.com”, que redirecionava os usuários a um domínio com software mal-intencionado.

“Os consumidores estão visitando sites de fãs, baixando filmes e lendo notícias sobre as celebridades. Porém eles geralmente não estão cientes dos riscos”, afirma Paula Greve, diretora de Pesquisas de Segurança da Web da McAfee. “Eles têm acesso ao conteúdo gratuito com rapidez e facilidade, mas isso tem um preço. Os consumidores devem ficar atentos aos riscos e permanecer em alerta para possíveis novos perigos”, comenta.

Para se manter seguro, a McAfee recomenda:
- Evite procurar conteúdo com a palavra “gratuito” ou “grátis”. Em vez disso, associe-se a sites pagos e legítimos para obter músicas e filmes.
- Evite clicar em banners sobre sites de música, filmes ou downloads que não sejam conhecidos.
- Utilize softwares abrangentes de segurança.
- Use o bom senso: não clique em links contidos em fóruns ou páginas de fãs.
- Utilize um plug-in de pesquisa seguro.
- Tenha consciência de que, quanto maior a popularidade de um tópico, filme ou artista, mais arriscados serão os resultados das pesquisas.

Fonte: Ketchum Estratégia