terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pesquisa global da McAfee aponta preocupações com tecnologias Web 2.0 no mundo corporativo


A McAfee, Inc. divulga uma pesquisa global inédita, intitulada Web 2.0: Um equilíbrio complexo – O primeiro estudo global sobre utilização, riscos e práticas recomendadas na Web 2.0. Este estudo aponta o Brasil, a Espanha e a Índia como os países líderes na adoção da Web 2.0 no ambiente corporativo. Canadá, Austrália, Estados Unidos e o Reino Unido registram os menores índices de utilização dessas tecnologias. O levantamento, encomendado pela McAfee e de autoria do corpo docente afiliado ao CERIAS (Center for Education and Research in Information Assurance and Security / Centro de Educação e Pesquisas de Garantia e Segurança da Informação) da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, contou com a participação de mais de mil entrevistados, em 17 países, incluindo empresas do Brasil de pequeno, médio e grande portes.

Os executivos ouvidos na pesquisa reconhecem a importância da Web 2.0 para impulsionar a produtividade e a geração de novas receitas para os negócios. No entanto, manifestam muitas preocupações sobre as ameaças à segurança dos dados das companhias. Segundo o levantamento, seis entre dez empresas (70%) já sofreram perdas de aproximadamente US$ 2 milhões, cada uma, o que resulta em uma perda coletiva de mais de US$ 1,1 bilhão com incidentes relacionados à segurança no último ano.

De acordo com o estudo, 50% das empresas estão bem atentas com a segurança dos aplicativos da Web 2.0, enquanto 60% delas se preocupam com os prejuízos à reputação devido ao mau uso da Web 2.0. A pesquisa também identificou os fatores que motivam o uso da Web 2.0 e das redes sociais nas empresas, avaliando benefícios e riscos. Ao mesmo tempo em que as organizações reconhecem o valor potencial inerente às ferramentas da Web 2.0, os responsáveis pelas decisões continuam a discutir se devem permitir o uso dessas redes no ambiente de trabalho.

“As tecnologias da Web 2.0 estão influenciando todos os aspectos relativos ao modo como as empresas realizam suas operações”, informa George Kurtz, diretor de Tecnologia (CTO) da McAfee. “À medida que as tecnologias da Web 2.0 ficam populares, as empresas se deparam com uma escolha: permitir a propagação dessas tecnologias sem verificação adequada, bloquear as tecnologias ou aderir a ela e a seus benefícios, realizando o devido gerenciamento de forma segura”, comenta o executivo.

Entre os destaques, a pesquisa registra que as taxas de adoção da Web 2.0 variam de um país para outro. No geral, esses índices são maiores no Brasil, na Espanha e na Índia, com mais de 90% de adesão. Os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá registram as menores taxas de adesão. A geração de novas receitas é apontada com o principal fator que motiva a adoção da tecnologia: 75% das organizações relatam que o uso ampliado das tecnologias da Web 2.0 gera novas receitas, enquanto 40% delas alegam que as ferramentas aumentam a produtividade e permitem a criação de estratégias de marketing eficazes.

Entretanto, a segurança é ainda a principal preocupação: metade dos entrevistados mencionou a segurança como a maior preocupação relacionada à Web 2.0. Além disso, um terço das empresas identificou o medo dos problemas de segurança como o principal motivo que leva à não utilização de aplicativos da Web 2.0 com maior frequência na empresa. De acordo com as empresas, as quatro principais ameaças provenientes do uso da Web 2.0 no ambiente de trabalho são: software mal-intencionado (35%); vírus (15%); exposição demasiada das informações (11%); e spyware (10%).

Segundo a pesquisa, o prejuízo à reputação é a consequência mais grave à empresa: 60% das companhias relataram que os piores efeitos do uso inadequado da Web 2.0 e da mídia social não se limitam à reputação, estendendo-se ao pouco reconhecimento da marca, à perda de clientes ou da confiança. Um terço dos entrevistados mencionou investimentos não planejados para solucionar problemas relacionados ao uso de mídia social no ambiente de trabalho. Já 14% das organizações relataram a existência de problemas jurídicos causados por funcionários que divulgaram informações confidenciais. Mais de 60% desses litígios ocorreram em função de divulgação por meio de mídia social.

Diversas empresas optam por bloquear a Web 2.0 em vez de aplicar políticas para usá-la. Este estudo indicou que 13% das organizações no mundo bloqueiam todas as atividades relacionadas à mídia social, enquanto 81% restringem o uso de pelo menos uma ferramenta da Web 2.0 em função de preocupações com a segurança. Mesmo assim, praticamente um terço das organizações relata que não tem políticas relacionadas à mídia social. De outro lado, 25% das empresas monitoram o uso dessa mídia pelos funcionários, e 66% delas já possuem políticas relacionadas ao seu uso. Dentre estas últimas, 71% delas ainda utilizam tecnologia para fiscalizar o cumprimento das normas relacionadas à utilização das mídias sociais.

Os executivos e especialistas do setor que contribuíram com a pesquisa concordam com a avaliação de que o uso corporativo bem-sucedido da Web 2.0 é um ato de equilíbrio complexo. Segundo eles, ao utilizar o serviço, as empresas devem analisar os desafios e as oportunidades inerentes aos negócios, procurando diminuir riscos. Além disso, é preciso garantir a capacitação dos funcionários e implementar tecnologias robustas para evitar ciberataques.

“As tecnologias da Web 2.0 e das redes sociais podem ser usadas de maneira eficiente pelas empresas”, afirma Eugene H. Spafford, fundador e diretor executivo do CERIAS – Center for Education and Research in Information Assurance and Security. “Porém, para aproveitar os benefícios da Web 2.0, as empresas devem adotar uma abordagem proativa em relação à compreensão e ao gerenciamento dos desafios. Isso envolve a aplicação das políticas corretas e a implementação de uma tecnologia capaz de fiscalizar essas políticas”, acrescenta Eugene.

Sobre o relatório
A Web 2.0 é definida principalmente pelos aplicativos de mídia social como Facebook, Twitter e YouTube, além de soluções corporativas especializadas. O corpo docente do CERIAS realizou entrevistas com especialistas e analisou os dados da Vanson Bourne, uma empresa internacional de pesquisas, que pesquisou mais de 1.000 responsáveis por decisões em empresas em 17 países no mundo. As informações combinadas permitiram o desenvolvimento de um estudo detalhado das políticas e práticas emergentes que definem o modo como as empresas realizam o equilíbrio entre os riscos e benefícios provenientes do uso das tecnologias da Web 2.0.

Sobre a Universidade Purdue
A Universidade Purdue é uma das principais instituições públicas de pesquisas dos Estados Unidos, com foco em Ciências, Tecnologia, Engenharia, Agricultura e Gestão. Conhecida internacionalmente e contando com um corpo docente altamente especializado, seu campus conta com várias unidades de ensino e pesquisa de destaque, tais como o Cyber Center, o Rosen Center for Advance Computing, o Computing Research Institute, o Global Policy Research Institute e o recente Discovery Park, que é interdisciplinar e de grande porte.

Sobre o CERIAS
O CERIAS (Center for Education and Research in Information Assurance and Security/ Centro de Educação e Pesquisas de Garantia e Segurança da Informação) é o maior centro acadêmico multidisciplinar do mundo, com estudos de problemas relacionados à informação: segurança, garantia, privacidade e cibercrimes. O CERIAS conta com um corpo docente de mais de 80 professores e 100 estudantes de pós-graduação vindos de departamentos dos oito campi da Purdue. O CERIAS é um centro de excelência internacionalmente reconhecido e atua como fonte imparcial de informações e pesquisas de interesse público.

Sobre a McAfee, Inc.
A McAfee, Inc., sediada em Santa Clara, Califórnia (EUA), é a maior empresa do mundo dedicada à tecnologia de Segurança da Informação. A McAfee provê soluções proativas e com qualidade comprovada e serviços que ajudam a manter sistemas, redes e dispositivos móveis protegidos mundialmente, permitindo aos usuários conectarem-se à Internet, navegarem e realizarem compras pela Web com segurança. Apoiada pelo incomparável Global Threat Intelligence, a McAfee desenvolve produtos inovadores que capacitam os usuários domésticos, as empresas dos setores público e privado e os provedores de serviços, permitindo-lhes manter a conformidade com as regulamentações de mercado, proteger dados, prevenir interrupções, identificar vulnerabilidades e monitorar continuamente dados, além de incrementar a segurança em TI.

Fonte>: Ketchum Estratégia