quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Intel Labs foca na computação sensível ao contexto para mudar a forma como interagimos com a tecnologia


O último dia do Intel Developer Forum em São Francisco focou nas futuras inovações e visões ambiciosas sobre o caminho da tecnologia nas próximas décadas. Durante seu discurso, Justin Rattner, chefe do departamento de tecnologia e Senior Fellow da Intel Corporation, descreveu como a computação sensível ao contexto está destinada a mudar radicalmente a forma como interagimos e nos relacionamos com os dispositivos e serviços de informação.

A computação “sensível ao contexto” é totalmente diferente dos simples aplicativos baseados em sensores que vemos atualmente. Por meio de uma sofisticada combinação de dados do sensor rígido, como onde você está e as condições a sua volta, com as dos sensores flexíveis, como seu calendário, suas redes sociais e histórico de preferências, os dispositivos do futuro conseguirão prever as suas necessidades, aconselhá-los e guiá-los durante todo o dia de uma maneira mais parecida com um assistente pessoal do que um computador tradicional.

Assistente Pessoal de Férias: O Assistente Pessoal de Férias é um protótipo de dispositivo móvel para a Internet que usa inúmeras fontes de contexto, como as suas preferências pessoais de viagens, atividades anteriores, localização atual e informações do calendário para fornecer recomendações em tempo real para os viajantes. Essa demonstração de protótipo é fruto da parceria com a Fodor, por meio da qual a Intel forneceu o Assistente Pessoal de Férias para mais de 25 turistas visitando a cidade de New York. O APF também pode criar, a pedido do usuário, um blog da viagem com as fotos marcadas e os vídeos visitados durante o roteiro.

Sentindo o equilíbrio humano: Mais de um terço dos adultos com mais de 65 anos cai todos os anos nos Estados Unidos. As quedas também são a causa mais comum de acidentes não-fatais e consultas nos hospitais por trauma. Por meio da Pesquisa Tecnológica do Centro de Vida Independente, a Intel está pesquisando como sensores wireless presos às pernas de uma pessoa podem ajudar a prever a probabilidade de uma queda séria. Essa previsão é baseada nos dados enviados pelos sensores de movimento que analisam a maneira como as pessoas movem seus pés, a força do impacto no calcanhar e a maneira como os músculos se movem. Isso poderia ajudar pessoas com idade avançada no dia a dia, ajudando a prever uma queda antes que ela aconteça ou ligando para a ajuda caso ela aconteça.

Televisão Inteligente remota: Os pesquisadores da Intel desenvolveram um protótipo de controle remoto capaz de perceber quem o está segurando com base na maneira como é segurado, movido e os botões são apertados. O controle remoto poderia diferenciar os membros de uma família e adaptar os programas de TV, recomendações e listas de preferências paras as necessidades de cada pessoa, tornando a experiência com a TV Inteligente ainda mais pessoal e intuitiva.

Captando os pensamentos humanos: A Intel está colaborando com a Carnegie Mellon University em uma tecnologia para o aprendizado de máquinas que busca decodificar os dados provenientes do cérebro humano. Com base nessa promissora pesquisa, os computadores poderiam um dia ter a habilidade de decodificar o que estamos pensando, permitindo que os usuários controlem computadores, robôs e outros dispositivos apenas com o pensamento.

Melhorando a experiência do usuário com contexto: Projetar experiências atraentes requer o profundo conhecimento e entendimento dos comportamentos e preferências dos consumidores. A chave para fazer o contexto funcionar é focar o design nas pessoas. Genevieve Bell, Intel Fellow e diretora de Pesquisa em Interação e Experiência da Intel Labs, compartilhou sua visão de que amplas pesquisas e estudos precisam ser feitos antes de oferecer uma experiência baseada em contexto, para garantir que ela seja bem recebida pelos usuários.

Acontecimento relacionado: Novo laboratório de pesquisa em interações e experiências da Intel: Em junho a Intel inaugurou o novo Lab de P&D chamado IXR (Interactions and Experiences Research ou Pesquisa em Interações e Experiências). A nova organização é administrada pela Bell. A agenda do laboratório é ditada por algumas perguntas centrais: O que as pessoas amam nas plataformas e dispositivos que já possuem? O que podemos fazer para fortalecer ainda mais esse amor? E quais tecnologias precisaremos para reinventar? O IXR prioriza pesquisas voltadas para todas as atuais plataformas da Intel, sem descartar as emergentes. Existem quatro pilares centrais na agenda do laboratório:
· Pesquisa em ciências sociais que aproveita o centro de excelência em pesquisa etnográfica da Intel e conta com especialistas na interação humano-computador. Tem foco global. Continuará a realizar trabalho de campo e outras formas de pesquisa em todo o mundo, com interesse especial no dia a dia das pessoas.
· Habilitação de design – Aproveita a experiência da Intel em interação e na avaliação da experiência do usuário. Prioriza a criação de experiências atraentes.
· Pesquisa tecnológica – Aproveita a experiência da Intel em reconhecimento visual e facial e visualização de dados.
· Previsão sobre o futuro – Algo incluído recentemente nas atividades da Intel – uma maneira diferente de pensar sobre o futuro. Aproveita os sucessos da Intel em pesquisas etnográficas e a sua conhecida excelência tecnológica.

Ajudar a computação sensível ao contexto significa prestar atenção à rotina das pessoas e aos lugares e coisas que possuem significado em nossas vidas.

Fonte: Burson-Marsteller